O mar da existência é salgado. E todos nós, náufragos, apesar de conseguirmos permanecer a maior parte do tempo na superfície, provamos desse sal, diariamente. Esse sal são lágrimas de toda a humanidade. São lágrimas do Brasil, do Japão, da Inglaterra, de Portugal. São lágrimas minhas e tuas, caro argonauta.
É verdade que muitos fogem para a segurança das ilhas e, nelas se perdem, longe da vida e de sua presença viva. Mas alguns continuam navegando por esses mares, por entenderem que navegar é sempre preciso, embora não haja barco, vela, caravela. Esses descobrem que o mundo é vasto, é grande, muito maior do que o coração dos homens. E mergulhando no mar da existência, imersos nas dores do mundo, escrevem poemas e, desse modo, acabam salvando um afogado.
Tu, internauta, navegando neste blog, conhecerás as lágrimas de Portugal, traduzidas em poemas e fados. Fecha esta página, no entanto, se não tens motivo nenhum de pranto...
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